29 junho, 2014

Permita-se às oportunidades, só!

Sonhar é permitido, nada e nem ninguém pode lhe tirar os sonhos, as visualizações e coisas boas que deseja pra si só. 
Às vezes é necessário se fazer brando e esperar que a atitude das outras pessoas as defina por si só, não é você quem deve dizer, não é seu dever e é egoísmo pensar que o poder de mudar as pessoas é teu, portanto espera, espera e...
Quem tiver que ficar, ficará! 
Quem pensar parecido, ficará! 
Quem tiver os mesmos caminhos, ficará!
Quem quiser, ficará! 
Não importa o quão difícil seja a luta, quem tiver que vencer, vai vencer! E essa coisa toda do destino se faz real e cada instante que passa e acreditar que o destino existe, que cada um de nós tem motivos maiores para estar onde está, para passar o que passou para construir o próprio caminho, nos faz ativos em nossas escolhas, que sim, foram nossas. Eu escolhi estar onde estou, da forma como estou, passando pelo que passei e ainda restam caminhos escolhidos para trilhar. 
O livre arbítrio existe e cada um pode, com consciência, escolher outros caminhos que não são os seus originais, mas um dia, terá de percorrer tais caminhos, cedo ou tarde, portanto aceita as oportunidades se teu coração mandar.
Se o coração fala, se há uma luz dentro de ti que aponta para seguir o caminho, vai! O coração do homem bom, sempre indicará bons caminhos e quando não há nada a perder, quando essa decisão só causará o bem, então vá! 
Saiba então ler a linguagem do destino, moça.
Diferente deste nosso mundo, o mundo dos céus não trás cartas e pistas concretas, é preciso ler nas entrelinhas para entender, é preciso fazer o que é preciso fazer, não porque alguém mandou ou porque é o "certo" para a sociedade ou porque é prudente. Decida-se viver por si só, decida-se parar algo se aquilo já não te faz feliz, se aquilo já não te faz bem.
Se você estiver bem, o universo irá cooperar e as coisas logo se ajeitarão, porque você "se deu a chance", então, permita-se*, permita-se* a todo o momento, fazer o que bem entendeu, simplesmente porque você acha que o melhor pra você.
E se o melhor pra você é sair de um trabalho chato e procurar algo novo, vá! Se o melhor pra você é buscar outra turma, vá! Se o melhor pra você é aceitar o amor de alguém, aceite! Se o melhora pra você é mudar o rumo da vida, mude! 
Nós não vamos ter essa oportunidade à nossa porta, nos esperando quando bem entendermos, elas passam...e digo, por mim, que agarrei todas (ou quase todas) as oportunidades que me apareceram na frente. Claro que não pensei impulsivamente e me decidi por todas elas baseada somente no coração, ainda há uma sociedade para viver e contas para pagar, mas por todas elas dei a chance e de todas elas tiro boas lições, bons sentimentos e nada, nada foi nem será em vão.
Permita-se ser quem você é! Sem as máscaras, sem os personagens em que atuamos todos os dias, sem as maquiagens, sem os ternos caros, sem nada! Permita-se ser a pessoa que é quando acorda, que é quando a porta do quarto está fechada, que é quando está sozinho dirigindo numa estrada longa, que é quando se deita na cama e tem paz! Você é o que você é, as suas atitudes podem ser pensadas, planejadas e regradas, mas o coração é seu e só você sabe o que é melhor para ficar "bem", fique então, bem e não se esqueça de se "permitir".

20 junho, 2014

Como num conto de fadas


Não sei porque, ando inspirada a escrever...É como se quisesse dizer algo, mas não conseguisse, então fica mais fácil que as emoções escapem entre uma linha e outra. Algumas vezes simplesmente não há nada pra dizer, então fico calada. Se não há nada pra contar, se não há emoção pra por nas palavras, então, faça silêncio.
[...]
Maísa pegou o papel e o lápis, era como se pegasse uma chave mestra que abrisse as portas mais profundas e secretas, o lápis e o papel lhe eram assim, eram escapes, assim como a música pra uns, a culinária pra outros e o esporte pra outros tantos e como fato é que nem música, nem esporte e nem a culinária eram seus fortes, bastava um lápis e um papel.
Naquele dia Maísa queria poder colocar no papel toda a vontade de tornar aquela história real, aquela história que vivia e que parecia mais um conto de fadas, não um conto de fadas porque era linda e tinha príncipe encantado, bruxa má e maças envenenadas, mas parecia um conto de fadas pois estava longe de se tornar real, isso era o que mais lhe deixava próxima da história. Bom, como sempre, não sabia por onde começar...então, rascunhou.
- Um começo...um dia de chuva - claro, um dia de chuva!
E aí vieram os meios, os meios meio tortos, meio estranhos, um misto de querer e não querer, uma pitada de pimenta, bons momentos, momentos melhores ainda, conversas sem fim e só.
- Tá, ainda falta um final nessa história. E alguém vai ter que contar como termina isso tudo - disse, deixando cair o caderno e o lápis debaixo da cama. Era inverno, estava frio e chovia lá fora. Uma vontade de reviver um dia de chuva qualquer e de ter um final feliz pra escrever.

19 junho, 2014

Roupas velhas


O dia passou lento, nada pra fazer, nada pra se preocupar. Era um tempo de folga, era mais que merecido. Pra ela era quase um tempo de parar e colocar tudo no devido lugar, sabe, como arrumar as roupas no armário, um dia se tem que tirar tudo pra fora, organizar, tirar o que não lhe cai bem, jogar fora as roupas velhas e colocar, tudo novamente em seu lugar.
É assim, um tempo pra recolocar as coisas no lugar.
Mas, há...há tanta coisa fora do lugar, tanta coisa que podia aparecer de formas diferentes, em épocas diferentes, coisas que deveriam estar dentro do contexto e não soando como uma nota fora da música, mas a música seria perfeita, quem sabe em outra ocasião. 
A grande questão é criar coragem e levantar, pra organizar os armários ou afinar as notas, as coisas simplesmente não podem continuar tortas pro resto da vida, até os 90 anos, até que já não haja mais tanta energia pra cuidar das coisas certas.
É hora de ajeitar a bagunça dessa vida toda e dessas coisas todas.
Maísa sabia, já era a hora, mas não é tudo assim tão simples como arrumar os armários.

01 junho, 2014

Uma vida de sete erros


Ela chega em casa cansada e irritada, joga a bolsa pra um lado e a blusa que cobre o frio de outro, não entendendo o que fez de errado.
Era um dia comum e tudo ia super bem, mas aquele comentário...Ah, aquele comentário lhe fez perder a graça do pôr do Sol, mas não podia fazer nada...as palavras são fáceis de sair pela boca e difíceis de digerir por quem escuta, mas enfim, continuou a vida, olhando o lado bom que sabia que tinha feito.
[...] Dizia isso porque não entendia como existem pessoas que vivem uma vida de sete erros, sabe? Aquele jogo que você olha as duas figuras, iguaizinhas e tenta achar o erro entre elas. Tem pessoas que só sabem brincar disso, que passam seus dias procurando os erros, que não aceitam se tudo estiver bom, aparentemente, não se contentam e ainda sim, conseguem enxergar, por detrás das cortinas, debaixo dos tapetes, no fundo do olhar, na ponta da agulha...alguma coisa errada. E o pior, achar o erro lhes faz tão bem que ainda sim, fazem com que você, em sua mera insignificância de humano, portanto errante, se sinta o pior dos mortais porque, não conseguiu alcançar a perfeição.
- Ora bolas! E todo o resto? E todo o 99,999% da coisa bem feita?
- Vai por água a baixo, senhorita.
Vivemos, infelizmente, num mundo onde muita gente gosta de jogar "os sete erros", não importa se a figura é linda, sempre tem alguém caçando o erro. E a recompensa? Eles devem saber.

Maísa, então....desanimada, foi pra varanda olhar a rua, olhar as pessoas de cima pra baixo lhe faz bem, lhe faz se imaginar o que cada uma delas está pensando, pensar quem gosta de jogar, quem não gosta e prefere ver um mundo melhor, enfatizando as coisas boas, antes dos pequenos detalhes que alguns consideram ruins. O aprendizado é feito de erros, não? E dizem que só não erra, aquele que não tenta. Então, senhor, prefiro errar mil vezes e continuar tentando, a ser a coadjuvante de uma vida que é minha. Eu prefiro protagonizar e errar, porque sem o risco, não há vitórias e sem tentativa, não há como saber como seria. Eu prefiro, mil e uma vezes, saber o gosto de como é pra depois pensar se vale ou não a pena investir.
Não vivo de achismo, vivo de certezas...enfiei o pé na jaca por vezes, mas me orgulho de cada aprendizado que tive, de cada tombo e de cada dor, porque eu sei (agora) que o sofrimento é muito mais comportamento do que sentimento; e se é comportamento, então posso escolher sofrer, escolher dar ouvidos aos apontamentos dos outros ou simplesmente olhar para o bem que fiz. Posso escolher sofrer por três meses ou por um dia e posso ser, sem medo, a mesma menina que sempre fui.

Não jogue os sete erros, escolha outro jogo, por favor!