Maísa sempre considerou que sua vida era incomum, seus gostos, seus pensamentos e suas visões pareciam sempre estar a um tempo a frente ou vindas de um outro lugar.
Maísa é uma caixinha de surpresas ambulante, estar em sua mente é algo inusitado e ao mesmo tempo espetacular, ela sonha com as coisas mais difíceis (e consegue), ela deseja algo diferente (e consegue), seu "poder" de perseguir aquilo que quer é bastante subliminar. Entendendo ou não, ela sempre consegue o que quer.
Agora Maísa estava dividida, eram dois momentos, dois sonhos e uma só vontade: o amor.
É, engraçado como as coisas mudam...e surpreendem.
Quando os anos foram se passando e as coisas acontecendo, Maísa foi se dando conta de que o que realmente importa são as pessoas, são os que te amam, são os relacionamentos. É impossível viver só.
E o que lhe aguarda, a longo prazo? Onde ela vai estar? O que vai decidir? O que vão decidir?
E a vida volta a tornar-se um emaranhado de perguntas, ainda sem respostas.
Maísa sempre pensava em como seria o amanhã, vivendo bem o presente pra construir um amanhã feliz. E em todos os aspectos de sua vida isso aconteceu, menos em um: no amor.
Somos nós que dizemos qual é o ápice pra "ser feliz", se não chegamos nesse ápice "não somos felizes", então, o que colocar como alvo?
Confuso?
É mesmo, Maísa é a moça mais confusa que já conheci, mas também é a mais interessante.
Mas, ela sempre vai torcer pro final feliz, independente de quantos muros vai ter que derrubar (e ela vai conseguir).