23 abril, 2015

Sobre os meios, metades, mornos...


Há quem diga que sou hora mulher, hora menina.
E muito embora tenha, ao longo da vida, colecionado histórias interessantes sobre como eu lido com algumas situações, tô bem, tô bastante bem agora. Talvez eu mude um dia, talvez seja rápido, talvez não, mas se conhecer melhor é o melhor remédio. Ando me conhecendo bastante, ando despertando, alguns "fleshes" de consciência vem se fazendo. E cara! Faz sentido!
Faz sentido entender alguns "porquês", faz sentido entender que seus "porquês" são assim e não "assado".
E como diria uma pessoa que passou por minha vida "Saia de perto das pessoas que não lhe deixam se conectar, com aquilo que de fato você é". Ando me desconectando...
No sentido de não querer mais que faça sentido. No sentido de que, se eu tenho vontade de algo e se há alguém ou algo atrapalhando essa vontade de se realizar, esse algo ou pessoa, não deve estar ali.
Nunca fui de gostar dos meios, metades, dos mornos. Sempre preferi o 80 ao 8. Até tive fases onde me contentava com a metade, com o meio lá meio cá, porque era o que eu queria fazer, porque era onde eu queria estar. E a vontade passou e a fase passou (ainda bem, porque metades não fazem inteiros).
E é melhor estar inteiro vazio do que metade cheio. Porque o metade cheio se convence de que aquela metade tá legal, tá bem.
- NÃO. Não pra mim.
Prefiro o inteiro vazio, se for pra escolher entre esses dois. Claro, quero sempre o cheio inteiro, transbordando, escorrendo, huhul! Mesmo que seja por pouco tempo, mesmo que seja breve, que seja cheio, que seja "de verdade".
Ultimamente tenho tirado os meios, metades e mornos da frente. Independente de quais coisas sejam, pra fazer acontecer, é preciso entrar de cabeça e sentir. E que bom se não gostar do que sentiu. Valeu a pena a tentativa, saímos bem, sabendo que o vazio é melhor do que esse todo cheio, mas aprendemos. E todos estamos aqui, nesta dimensão, pra aprender, experimentar, falhar, acertar...e eu, eu estou pra encontrar os cheios,os inteiros, os quentes.