10 novembro, 2013

Nó pra atar



Engraçado como tudo pode estar perfeito e mesmo assim, ainda falta um pedaço, falta o nó pra atar, falta a cereja do bolo.
Frases perfeitas, ternos e joias caras desfilando por aí... Vidas modernas, pessoas modernas, pensamentos rápidos e respostas certeiras, além do coração frio.
O mundo anda tão depressa... As coisas são tão mais importantes e a corrida por ser melhor nos afasta de sermos nós mesmos e de buscar quem seja nós também.
Abre os braços e espera. Alguém está vindo, alguém lhe espera, alguém sente falta desde pedaço e tem a outra ponta do laço que falta pra atar o nó.

20 outubro, 2013

Sobre as mudanças

 
 
E em pouco tempo as prioridades mudam, os pensamentos começam a perturbar e ela, confusa, tentou então achar respostas. Achou, mudou de ideia, se concentrou novamente, definiu aquilo que queria e aquilo que não queria. Então, separou o joio do trigo e decidiu que, por mais que pareca simples, é o coração que manda, é o sentimento que traz a felicidade, decidiu então mudar de rumo, pintar a casa de cor de rosa novamente, vestir as roupas floridas e ir a luta, pois mudar o foco também requer suor, além de fé e de sentimento.

22 setembro, 2013

Chuva e coisa nova



E como a chuva que cai lá fora, enchendo as calhas e as beiras das calçadas, transborda aqui dentro também algo bom.
Transborda uma alegria diferente, uma alegria misturada com surpresa, com um "quê" de algo novo e de desconhecido bom. E que brinde então à vida e a esse tal de destino, que vem, vira e mexe com tudo estava ali, escondido. Vem e tira o pó das coisas velhas, da poeira da casa, arruma as coisas no lugar e dá espaço pras coisas novas.
Então, senhor destino, pai das coisas boas, vem! Entra e abre as cortinas da casa nova, dá novas cores pras paredes cinza, deixa o vento entrar, bater e clarear tudo aquilo que havia de cinza aqui dentro.

11 agosto, 2013

Sobre o amanhã


Que amanhã seja o melhor dia de nossas vidas, que essa seja a semana mais feliz! Que dê tempo de fazer tudo e que nada tire a nossa paz.Que cada sorriso faça o outro mais feliz, que os elogios sejam sinceros e que as criticas façam crescer.Que seja mais uma oportunidade de aprendizado e que cada dia mais, saibamos aproveitar o melhor de cada momento.Que tudo que pensamos em realizar tenha oportunidades para se tornar verdade e que tudo seja bom.E que nada, nada seja mais bonito que o Sol que aquece e que se estiver frio ou chovendo, mesmo assim, que possamos aproveitar.
Que as borboletas voem e que os pássaros cantem mais uma canção, que a natureza continue sendo bela como é.
Que os amores sejam doces, que a vida faça brotar do peito a alegria de ter, mais uma vez, a dádiva do amanhecer e de abrir os olhos para uma nova chance de fazer tudo melhor e mais bonito".

13 julho, 2013

Mudar

Nada vale mais do que a dádiva do ser humano em poder mudar de opinião. Tudo é uma constante mudança e dentro de nós mesmos a vida pulsa tão forte que é triste demais poder dizer "está decidido" ou "vai ser assim pra sempre".
Convenhamos que o mundo muda, as coisas mudam e as pessoas, ah! Estas sim mudam mais, mudam muito! A cada dia, a cada burrada, a cada tombo e a cada sorriso.
Que a vida mude muito, que o destino contradiga, que nos surpreenda e que nos faça sentir aquele friozinho na barriga do desconhecido, daquilo que ainda não vemos, que nunca fizemos! E lhe digo mais meu caro amigo, que só assim, mudando e crescendo que as coisas acontecem!
Coitados daqueles que tem a vida toda certinha e decidida...Não invejo, tenho pena.
Brindo aqueles momentos de reviravolta...onde a unica certeza é que nada mais vai ser igual.
E é por isso tudo que eu jogo as pedras nos rios, ele nunca, nunca mais serão os mesmos após a minha intervenção.
O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
                      

08 julho, 2013

O vestido azul

                                                                                 

Ela gostava da hora de dormir, quando podia inventar todos os planos possíveis que viveria, inventava os mapas pra seguir e vivia, intensamente seu sonho. O sono bom lhe trazia a realidade de muitas coisas na vida e quem disse que sonhar não é viver?
Por muito tempo ficou ali, obscura entre uma parede e uma rua pequena, loteada por casas estranhas, numa cidade longe de tudo que julgava ser seu. Aí um dia acordou e veio ao mundo pra desafiar o que era mais belo, o que era mais certo. Ela não queria uma vida toda certinha, ela queria as emoções e teve. Instintivamente ela teve e pode sim, contar pros netos aquilo que viveu, com alegria de alguém que desafiou o mundo, com a coragem de quem não se fez de vítima depois um ou dois baques que a vida deu.


Era um dia comum, um dia como outro qualquer, um dia de calor, diferente dos dias de chuva que queria tanto viver. Maísa conferia que a roupa nova lhe caira muito bem, era de um azul todo bonito, estampado e solto. O vestido chamava atenção dos olhares masculinos e a inveja de algumas mulheres que passavam pela rua e lhe torciam o nariz.
Foi então, realizar aquilo que mais pensou naquela última semana. Seria um dia difícil e ela precisava, no mínimo, estar bem vestida, tudo poderia acontecer.
Avistou seu destino, depois de mais ou menos uns quarenta minutos.
Pegou a carta, a bolsa e o anel que ganhou. Saiu do carro.Andou nada mais que um quarteirão, viu a porta. Aquela porta por onde entrou algumas vezes, aquela porta que bateu, também por algumas vezes e com raiva, quase deixou sua ideia pra trás.
Seria hoje, entregaria o anel e a carta, com tudo o que sentia, com tudo que não conseguia falar, pois aquela presença lhe tirava a habilidade de dizer qualquer coisa, então, sempre assim, chegava em casa e escrevia, o que não conseguia dizer.
Olhou pra trás, ninguém na rua. Caminho aberto.
Enfrentou o medo e seguiu.
Um, dois, três degraus.
Tudo em silêncio.
Bateu na porta.
Uma, duas e três vezes. No fundo, desejava que ninguém saísse.
E como se uma fada lhe atendesse o pedido, a casa estava vazia.
Maísa, meio saltitante de alegria, por ter o dia mais decisivo da sua vida adiado, um tanto decepcionada por não poder dizer (ou ler) aquilo que estava engasgado a tanto tempo, desceu os degraus....
Andou de volta o quarteirão, entrou no carro, levantando a barra do vestido azul todo bonito e se foi, ouvindo as musicas que o faziam lembrar...
[...]
Do outro lado da porta, ele encostou, um tanto decepcionado por não ter coragem de sair e enfrentar aquele que poderia ser o dia mais importante da sua vida, um tanto feliz, por adiar tudo que ele iria ouvir (e sabia que ia ouvir) e feliz, porque sabia que não terminara por ai, que ainda sim, havia continuação e pensou, em voz alta, em alto e bom tom: "- Ah, como o vestido azul ficou lindo nela".
 

09 junho, 2013

Se dê asas



Se dê o direito de ter asas, aprenda a voar! 
Tome as rédeas daquilo que é teu, cante a canção e se for preciso, dê pulinhos no ar! 
Doa a quem doer, eu quero viver essa vida com a melhor impressão, de cara lavada, de riso alto e leve.
Então, permita-se! Assim como eu permiti. A felicidade é uma só, doidinha pra ser encontrada, então...se dê asas, voe, voe, voe livre. E realize, por menor ou maior que seja, o sonho. Aquele doce sonho e vontade que tem de vencer.
O mais...há, o mais é resto.

02 junho, 2013

O sonho

Aconteceu enquanto ela dormia, era um sono profundo e o
 tamanho do sonho transbordou o quarto, virou quase uma realidade, era daqueles sonhos que a gente acorda ofegante com medo do pesadelo que passou
e aliviada por tudo ser só um sonho ou triste, porque foi apenas um sonho.
O tamanho do só naquele dia foi mais. 
O sonho não ficou só no travesseiro e nas cobertas quentinhas, o sonho queria mais e queria a realidade ali, não se contentava com o "apenas um sonho" e foi.
Dia após dia o sonho tornava a voltar, até que um dia se tornou real. Saiu dos lençóis, da mente, do improvável e se tornou possível. 
Maísa acordou, olhou pro lado e viu. 
- É, sonhos se tornam realidade.

28 maio, 2013

Então, Maísa?



- Então, Maísa...porque negas? Parece mais escorregadia que um peixe dentro d'agua!
- É que... as coisas que vivi me fizeram assim. Não é medo, nem teimosia! É como uma sobrevivência. Pra não sofrer, evito os medos.
- Hum...e quanto isso te custa?
- Toda uma vida ou um simples não. Quem vai saber? - dando de ombros.
- Então, negarás toda a sua vida por uma oportunidade que ainda não conheces? A vida é um sopro e ela se vai assim também, como um sopro! Não volta, não como é agora. Então, porque ainda insiste em não viver?
- Não é um "não viver", agora com raiva nos olhos. Raiva e lágrimas.
- Então o que é?
- Talvez seja apenas um jeito fácil de evitar sofrimentos. Um jeito meu, só meu...não tente entender, só...


(e por um instante esqueceu os medos, os receios e se rendeu à aquilo que ainda não conhecia, que não tinha nome. Só sentia)

Maísa, sobre seus casos e acasos

12 maio, 2013



Te acalma, menina. Ouça a Voz, aquela voz...que sabe o que diz e que indica os caminhos.

Se a intuição não falha, não dúvida.

Segue em frente que o melhor está por vir.



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Era como se aquele fosse o melhor dia do ano todo! Um dia de sensação boa, de vento batendo no rosto e de um aconchego estranho e bom. Não era um dia a mais na vida, era o melhor dia de nossas vidas.


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17 março, 2013

Destinos





Não escolhi meu caminho...ele simplesmente apareceu. 

Com todas as verdades, caras tristes, choros e muitas gotinhas de alegria.
Não escolhi meu destino, mas pude optar entre o certo, o duvidoso e o nem tão certo assim...diga-se de passagem, creio que estou indo bem entre as escolhas que fiz. Não, não escolhi as pedras que vieram em meu caminho, escolhi chutar pra longe! Ou quem sabe guardar algumas, só pra lembrar o quanto foi difícil e agora já passou aquela dor. Não fiz tantos planos, muitas coisas vieram...simplesmente estavam ali quando acordei naquela manhã ensolarada de um mês que não tem nome. Escrevi alguns poemas, pisei em algumas gramas, fiz sorrir e fiz chorar...
E continuo tentando escolher aquele melhor caminho ou esperando que ele me escolha.

23 fevereiro, 2013

Ah, coração!


Se acalma coração, tudo tem a sua hora e o seu momento. 
Segura tuas rédeas para que não haja frustração e só espera, confia e tem fé! 
Deus sabe o que faz!

12 janeiro, 2013

Maísa Loyen, sobre as coisas.




Eu gosto de música velha, de cheiro de chuva, de gosto de vida!
Aprecio a nostalgia instalada naquele momento em que a chuva acaba de cair e o Sol aparece, meio seco...meio molhado.
Eu tenho as preces mais simples, os sorrisos mais sinceros e os gritos de uma louca.
Não tenho mais espaço pro vazio, pro cinza e pro morno. Uma vez gostei disso, mas hoje (e pra sempre) não mais. Guardo meus cadernos velhos na esperança de usa-los novamente, ouço as músicas antigas pra relembrar uma época boa e sinto os perfumes dos anos passados. Ah, vida...pra onde vai me levar?


07 janeiro, 2013

Vai ser feliz!




Ah, Maísa...

Sabe, quando a vida vai bem, vai calma, vai tranquila. As coisas se encaixam e tudo, até mesmo aqueles tombos que levei, enfim, me fazem rir.

Pois é, o vento parou e tudo se ajeita...É exatamente assim, como dizia a minha, a sua e todas as mães do mundo! Tudo, tudo se ajeita. Pensar que há tempos distantes não era tão assim, mas ops! Nem lembro mais! E vem a vida e te mostra novamente o caminho, o caminho do bom e do bem, te dá uma nova chance e uma nova página em branco novinha em folha...te dá uma responsabilidade do tamanho do mundo, mas tudo bem, afinal...nós crescemos! E os 20 já são quase 25 e estes já são quase 30 e assim vai, a coisa anda, minha filha! E anda rápido! E eu diria mais, a coisa corre! E se bobear, a gente dança...ou perde as oportunidades.

E essas, ah! Essas eu agarrei todas, até as oportunidades de me "esfolar", todinhas todinhas! Não que eu me orgulhe de todos arranhões, pois eles doeram. Mas me orgulho de algumas cicatrizes, não pela dor sentida mas pelo aprendizado.

Então, menina, vá! Viva este presente tão lindo que é um dia de 24 horinhas e dê o seu melhor, viva! Se estrepe, levante, pinte, dance e borde...mesmo que os seus dotes não sejam tão domésticos e você não seja a menina-moça-mulher mais prendada desse mundo, mas sei que você arrisca um crochê algumas vezes, que gostava de pintar, que se esbalda num salão de dança, que gosta de água, de céu e de tudo que é novo.

Então, menina-moça-mulher, vá viver! Vá ser feliz!

Maísa Loyen, sobre a vida.